Demissão silenciosa: o desafio das empresas em 2023
O “quiet quitting”, também conhecido como demissão silenciosa no Brasil, tem levantado um debate importante entre os líderes e os profissionais de gestão de pessoas: que a maioria dos trabalhadores está pouco motivada com as tarefas que exerce.
É o que mostra um estudo realizado pela multinacional brasileira de consultoria, a EDC Group. Segundo a pesquisa, que ouviu 300 profissionais, 11,9% dos trabalhadores brasileiros já adotam a prática de demissão silenciosa.
Destes, a maioria dos praticantes são homens, cerca de 67%, e 54% deles ocupam cargos de assistentes ou analistas.
Outro dado importante a ser analisado é que um terço destes profissionais têm entre 25 e 34 anos, o que demonstra que esta não é uma prática apenas seguida por profissionais que acabaram de ingressar no mercado.
E embora muitos ainda desconheçam o conceito, as lideranças já estão percebendo o crescimento do comportamento dentro das empresas.
Conforme o levantamento da 22º edição do Índice de Confiança Robert Half, 52% dos gestores já identificam a prática em diversos trabalhadores de suas empresas.
Mas então como se preparar para enfrentar esse desafio que deve ser um dos principais do ano? Se você quer entender melhor o conceito e de que forma ele afeta os profissionais e as empresas, siga esta leitura.
O que é a demissão silenciosa?
Traduzido do inglês o termo "quiet quitting" significa, de forma literal, desistência silenciosa. Entretanto, no Brasil, o conceito também vem sendo entendido como demissão silenciosa.
A prática diz respeito aos trabalhadores que param de se esforçar para ir além no trabalho. Isto é, aqueles profissionais que fazem somente o necessário, colocando limites nos horários e nas atividades, com o intuito de cumprir somente o combinado.
O fenômeno, no entanto, abre precedentes para diversas interpretações. Para alguns a prática vem sendo observada como o “fazer somente o básico”. Ou seja, os profissionais são vistos como colaboradores que não estão comprometidos verdadeiramente com o trabalho.
Em contrapartida, também há a perspectiva que a tendência represente uma forma de protesto dos trabalhadores às rotinas exaustivas e demandas abusivas.
Por esta ótica, a prática representa uma forma dos profissionais equilibrarem a vida profissional com a pessoal, priorizando saúde mental e qualidade de vida.
Entretanto, a tendência preocupa. Afinal, conforme a 22º edição do Índice de Confiança Robert Half , 57% dos líderes acreditam que essa prática ainda deve perdurar a médio e a longo prazo.
Por que os profissionais estão aderindo a demissão silenciosa?
O 22º Índice de Confiança Robert Half aponta a falta de reconhecimento e oportunidades de crescimento como um dos principais motivos para a prática da desistência silenciosa.
Entretanto, outros fatores como: remuneração, cultura empresarial, idade e gênero podem também estar relacionados, mostrou a pesquisa da multinacional brasileira de consultoria, EDC Group.
Há quem defenda que a estratégia é a mais saudável para conciliar a vida pessoal com a profissional, mas também quem diga que o fenômeno desmascara um problema ainda maior: o aumento dos níveis de desengajamento de profissionais.
Leia também Engajamento entre colaboradores: por que é tão importante promovê-lo?
Contudo, o que fica claro é que o objetivo de quem pratica é evitar o esgotamento no trabalho, o famoso burnout. Conforme o levantamento, 19,51% dos profissionais se sentem angustiados, desmotivados e sobrecarregados.
O 22º Índice de Confiança Robert Half levantou ainda os motivos que levam os profissionais a aderirem a essa prática. Veja os principais:
-
Falta de reconhecimento e oportunidades de crescimento (62%);
-
Pouco senso de pertencimento e falta de equilíbrio da vida pessoal com o trabalho (57%);
-
Insatisfação com lideranças ou gestores (43%).
E também quais atitudes os gestores podem tomar para tentar minimizar os impactos:
-
Aderir uma comunicação clara e direta entre líderes e liderados (69%);
-
Promover melhores oportunidades de crescimento profissional (49%);
-
Estabelecer limites saudáveis de carga horária de trabalho (48%).
Transforme o seu negócio em resultados
A melhor forma de alcançar o sucesso no mercado de trabalho é investindo em você mesmo e no seu futuro. Comece 2023 com uma Pós ou MBA da Pós Personalizada UNINASSAU Digital.
Aproveite 30% de desconto e invista em um ensino 100% online e personalizado em uma das maiores universidades brasileiras.
Aqui você monta o curso ideal para o seu momento profissional ou escolhe uma de nossas opções. E com o melhor custo-benefício do mercado: escolha entre parcelas de R$ 139,93 em 18x ou vantagens à vista.
Não perca mais tempo: Acesse o nosso site e conheça nossos cursos.